Eletromiografia (EMG)

Eletromiografia na Urodinâmica: Indicações, Técnica e Benefícios

O que é Eletromiografia (EMG)

A eletromiografia (EMG) do assoalho pélvico é um exame fundamental dentro do estudo urodinâmico, auxiliando na avaliação da coordenação entre a bexiga e a musculatura perineal durante o enchimento e esvaziamento vesical. Esse teste é essencial para a identificação de disfunções neurogênicas e funcionais do trato urinário inferior, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento adequado.

Para quem é indicado?

A EMG está indicada para pacientes que apresentam:
 
  • Suspeita de dissinergia detrusor-esfincteriana, especialmente em indivíduos com doenças neurológicas, como esclerose múltipla, lesão medular, mielomeningocele e doença de Parkinson;
 
  • Disfunções miccionais não neurogênicas, como bexiga hiperativa refratária, retenção urinária funcional e bexiga disfuncional aprendida;
 
  • Incontinência urinária de esforço ou mista, para avaliar o papel da musculatura perineal no suporte esfincteriano;
 
  • Síndrome da dor pélvica crônica, quando há suspeita de espasmo ou hiperatividade dos músculos do assoalho pélvico;
 
  • Dificuldade miccional em crianças e adultos sem causa aparente, incluindo casos de jato urinário intermitente ou esvaziamento incompleto da bexiga.

Como é feito o exame de Eletromiografia?

A EMG é realizada simultaneamente ao exame urodinâmico e segue os seguintes passos:
 

Posicionamento dos eletrodos:

  • Utilizam-se eletrodos de superfície autoadesivos ou de agulha (em casos específicos), posicionados na região perineal, próximos ao esfíncter anal, para captar a atividade elétrica dos músculos do assoalho pélvico;
  • O método de superfície é não invasivo e amplamente utilizado na prática clínica.

 

Registro da atividade elétrica:

  • Durante a fase de enchimento vesical, avalia-se se há contração involuntária do assoalho pélvico associada à hiperatividade detrusora;
  • Durante a micção, observa-se se há relaxamento adequado dos músculos perineais ou se há dissinergia detrusor-esfincteriana, que pode levar a esvaziamento vesical ineficaz e aumento da pressão intravesical.

 

Interpretação dos resultados:
 
  • A análise dos traçados eletromiográficos permite diferenciar padrões normais e patológicos, auxiliando na definição da melhor abordagem terapêutica para cada paciente.
 
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